quarta-feira, maio 03, 2006

Xico Sá

Esse cabra é um dos meus cronistas/blogueiros preferidos... descreve as alegrias e os desgostos de ter um par com perfeição, fala de sexo da maneira mais sertaneja e verdadeira que existe e em muitos casos a identificação é gigante...
Esse texto eu roubei do http://carapuceiro.zip.net/ blog que visito com frequência... quem nunca leu seu Catecismo não sabe o que tá perdendo!!
E por falar nele, quem quiser me dar um livro dele fique à vontade! dependendo do dono do presente poderemos quem sabe, exercitar algumas lições!!
ôps!! I didn´t
ê lelê!!

;)

QUEM RESISTE A UMA CPI DO AMOR E DO SEXO???
POR XICO SÁ

Uma amiga entrou na caixa postal do correio eletrônico do marido.
Um desastre.
Entre cantadas e semi-cantadas ou apenas bobagens virtuais, entrou em desespero, gritou, berrou, discutiu a relação por uma quinzena, e quase acaba com aquela vida sob o mesmo teto até então reconhecida no seu grupo de amizade como exemplar, ahhhh.
O marido tinha algum caso para valer? Não.
Algum namorico mais a sério? Nada.
Havia transado com alguém e comentava que foi bom? Nécaras.
Tudo espuma flutuante e virtual, sem lastro de verdade.
Mas foi o bastante para uma baita crise.
Por estas e por outras é que não é nada recomendável quebrar o sigilo postal do companheiro ou da fofolete que te aquece neste inverno...
Ora, quem, entre nós, resistiria a meia hora de quebra do sigilo amoroso ou sexual?

Como na arrecadação de recursos para campanhas eleitorais, todo mundo, até mesmo no mais escondido dos conventos de devotas beneditinas, já teve o seu “caixa 2” do desejo. Em pensamentos, atos ou omissões.
Em telefonemas, emails ou declarações bêbadas.
Ninguém resiste a meia hora de quebra de sigilo. No amor, somos todos, em alguma ocasião, corruptos. Em maior ou menor grau, todos damos nossas “pisadas de bola”.
Menos naquela hora em que a paixão por alguém nos toma 100% do cérebro e a febre amorosa é capaz de quebrar termômetro. Depois passa.
Nosso destino é pecar, como disse o pudico Nelson, padrinho espiritual deste cronista. Por estas plagas, até a virtude prevarica.
Às sextas-feiras, então, já repararam como o cheiro de pecado toma conta dos bares e é mais forte até do que o odor que vem dos ralos e bueiros?

Quem, entre nós, machos & fêmeas, resistiria a uma CPI do amor ou do sexo?
Este cronista ficaria rico, na pele de um camelô de álibis. Ah, as lindas e impagáveis fraquezas da carne.
As despesas com jantares à luz de vela denunciariam os amantes pelo cartão de crédito ou no extrato para simples conferência. Os porteiros de prédios e motéis seriam os mais perseguidos dos depoentes. Seria um inferno.
A melhor amiga ou o melhor amigo, estas instituições supostamente vestais, também seriam convocados a depor. Na CPI do amor sobraria até para o entregador de pizzas, que também sabe muito sobre os segredos de alcova.
Os repórteres investigativos, entonces, estariam fodidos, tanto roubam na nota das firmas como no que dizem às minas.
Nosso destino é pecar, pois!!!
Assim como o das pedras é o de serem atiradas, o mais é capitalismo selvagem e moralismo de terceira. Atire a primeira manchete aquele que nunca roubou no amor ou na nota, seja um boy ou seja um magnata!

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