quinta-feira, setembro 29, 2005

A Chupada da chupada

por Claudia Aires

Não é nada disso que vocês estão pensando ... chupada é um termo publicitário para denominar a cópia ... a mais deslavada falta de criatividade....
é como estou....sem criatividade e com mau humor!

Chupada
por Mariana da Mata

Tenho muita inveja de não ter sido eu quem escreveu o texto. Por isso, me permiti copiá-lo para que vocês vejam a genialidade do autor. Na verdade não sei nem se o cidadão existe, mas merece todo mérito do mundo mesmo assim.

Nota Gardenali: o autor está vivinho da silva e ganha alguns trocados dando palestras para publiciotários como eu...

Mau Humor
Lula Vieira (publicitário)


Não me lembro direito, mas li numa revista, acho que na Carta Capital, um artigo levantando a hipótese de que todo o cara que tem mania de fazer aspas com os dedinhos quando faz uma ironia é um chato.

Num outro artigo alguém escreveu que achava que jamais tinha conhecido um restaurante de boa comida com garçons vestidos de coletinho vermelho.

Joaquim Ferreira dos Santos, em "O Globo" de domingo, fala do seu profundo preconceito com quem usa a expressão "agregar valor".

Eu posso jurar que toda mulher que anda permanentemente com uma garrafinha de água e fica mamando de segundo em segundo é uma chata.

São preconceitos, eu sei. Mas cada vez mais a vida está confirmando estas conclusões.

Um outro amigo meu jura que um dos maiores indícios de babaquice é usar o paletó nos ombros, sem os braços nas mangas. Por incrível que pareça, não consegui desmentir. Pode ser coincidência, mas até agora todo cara que eu me lembro de ter visto usando o paletó colocado sobre os ombros é muito babaca.

Já que estamos nessa onda, me responda uma coisa: você conhece algum natureba radical que tenha conversa agradável? O sujeito ou sujeita que adora uma granola, só come coisas orgânicas, faz cara de nojo à simples
menção da palavra "carne", fica falando o tempo todo em vida saudável é seu ideal como companhia numa madrugada? Sei lá, não sei. Não consigo me lembrar de ninguém assim que tenha me despertado muita paixão.

Eu ando detestando certos vícios de linguagem, do tipo "chegar junto", "superar limites", "eu vou tá fazendo", "a gente vai tá chegando", "tá ligado": essas bobagens que lembram papo de concorrente a big brother.

Mais uma vez repito: acho puro preconceito, idiossincrasia, mas essa rotulagem imediata é uma mania que a gente vai adquirindo pela vida e que pode explicar algumas antipatias gratuitas.

Tem gente que a gente não gosta logo de saída, sem saber direito porquê. Vai ver que transmite algum sintoma de chatice.

Tom de voz de operador de telemarketing lendo o script na tela do computador e repetindo a cada cinco palavras a expressão "senhoooorrr" me irrita profundamente.

Se algum dia eu matar alguém, existe imensa possibilidade de ser um flanelinha. Não posso ver um deles que o sangue sobe à cabeça. Deus que me perdoe, me livre e me guarde, mas tenho raiva menor do assaltante do que do cara que fica na frente do meu carro fazendo gestos desesperados tentando me ajudar em alguma manobra, como se tivesse comprado a rua e tivesse todo o direito de me cobrar pela vaga.

Sei que estou ficando velho e ranzinza, mas o que se há de fazer?

Não suporto especialista em motivação de pessoal que obrigue as pessoas a pagarem o mico de ficar segurando na mão do vizinho, com os olhos fechados e tentando receber "energia positiva". Aliás, tenho convicção de que empresa que paga bons salários e tem uma boa e honesta política de pessoal não precisa contratar palestras de motivação para seus empregados. Eles se motivam com a grana no fim do mês e com a satisfação de trabalhar numa boa empresa. Que me perdoem todos os palestrantes que estão ficando ricos percorrendo o país, mas eu acho que esse negócio de trocar fluidos me lembra putaria.

E para terminar: existe qualquer esperança de encontrar vida inteligente numa criatura que se despede mandando "um beijo no coração"?

aaaaarrrrrrrraaaa faça me o favor

quinta-feira, setembro 22, 2005

Um katrina passou em minha vida e continua arrastando um pouco de mim por aí...

sábado, setembro 17, 2005

os mistérios da vida

Os dias mais triste dos últimos anos: meu cunhado faleceu...
tô me sentindo meio vazia, sem saber o que fazer... mais uma vez meu coração tá dividido e minha razão está nos pés. Quero estar junto a fran, grudar nele, ser o seu apoio... mas tá tudo meio perdido, sem nexo, sem se olhar no olho... é tão estranho... realmente não sei o que faço. Enquanto isso, grudo nas pessoas que amo, tô aqui pra tudo, pra fazer o que for possível, pra chorar junto com eles... meu sobrinho fofo já sentiu... o pai dele se despediu... foi tudo lindo... tragicamente lindo... a lua cheia, o sol ao amanhecer, a chuva, o choro... a despedida... nunca vou me esquecer desse dia. onde a morte (uma das coisas que mais temo) estava aqui e eu encarei ela de frente, por amor a umas pessoas mais que especiais na minha vida.
ele era brabo... mas era bacana, hoje entendo que ele assim por que tinha urgência... urgência em resolver sua vida - vai com Deus querido, que nós vamos ficar cuidando dos seus!

Love In The Afternoon
Legião Urbana
É tão estranho, os bons morrem jovens
Assim parece ser quando me lembro de você
Que acabou indo embora cedo demais
Quando eu lhe dizia: - me apaixono todo dia
E é sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse: - eu gosto de você também
Só que você foi embora cedo demais
Eu continuo aqui com meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você em dias assim
Um dia de chuva, um dia de sol
E o que sinto eu não sei dizer- Vai com os anjos, vai em paz
Era assim todo dia de tarde, a descoberta da amizade
Até a próxima vez, é tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você e de tanta gente
Que se foi cedo demais
E cedo demais eu aprendi a ter tudo que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu, que tive um começo feliz
Do resto eu não sei dizer
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre, mas eu sei
Que você está bem agora
Só que este ano o verão acabou
Cedo demais.